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        Monsenhor passou a reunir as senhoritas josefinas meditando com elas a cada mês e dando-Ihes diretrizes para suas vidas. Recomendava que fossem à missa diariamente e comungassem. Insistia em que continuassem a viver incógnitas essa vida de consagração. Levou-as reunidas até julho de 1936. Foram ao todo 25 conferências.

       Depois, Monsenhor não falou mais em fundação. Confiou às josefinas todo o catecismo paroquial, centros catequéticos nos diversos pontos da paróquia, Obras Sociais como o Berço do Pobre, um Externato para crianças, a Adoração diurna do SS. Sacramento, a Obra das Vocações Sacerdotais, a Obra da propagação da Fé e da Santa Infância.

            Segue-se, então um período de misterioso silêncio a respeito do Instituto tão sonhado. Muitas resolveram seguir outros caminhos, porém um pequeno grupo de sete continuou firme ao ideal primeiro.

          O grupo era formado por: Rosita Paiva, Maria Luiza Fontenelle e sua irmã Zeneida Barreira Fontenelle, Nair Bezerra Studart, Maria Zeneida Lopes, sua irmã, Laís Gondim Lopes e Zuíla Garcia.

            Com a morte de Mons. Luís Rocha a 11 de setembro de 1949, o grupo liderado por Rosita Paiva se propôs levar ao conhecimento do Arcebispo de Fortaleza, na época Dom Antônio de Almeida Lustosa, a inspiração que Monsenhor tivera, mas que não fora dado concretizá-la.

           Antes de ser chamado para a Casa do Pai pronunciou suas últimas palavras: “Já no purgatório poderei fazer muito por vocês. E no céu, só descansarei quando vos vir todas reunidas”.

 

         Dom Antônio, um santo homem de Deus, ao ler a missiva que Ihe foi enviada, interessou-se vivamente pelo assunto e desejou falar pessoalmente com um dos membros do grupo. Todas optaram a ser Rosita a pessoa indicada para dar os esclarecimentos desejados. O Arcebispo, após tê-la ouvido, falou: “Não há dúvida de que Mons. Luís Rocha teve uma inspiração divina”. Então, tomou sobre si a tutela das Senhoritas Josefinas, dizendo: “De agora em diante eu irei substituir Mons. Luís Rocha”. Em seu zelo de santo Pastor, procurou elaborar com elas as primeiras Constituições do Instituto Josefino, “ad experimentum”.Passou a fazer conferências semanais para o grupo, e já em 19 de março de 1953 deu-se a entrada no Noviciado das sete primeiras que haviam iniciado o Instituto Josefino em 1933 e mais três novas candidatas.

             Dom Antônio orientou-as no sentido de uma Congregação religiosa onde elas vivessem em comunidade, sob a direção de uma Superiora. Elegeram Rosita Paiva. Não seriam mais reservadas e as religiosas não viveriam mais em casa de suas famílias. Permaneceu, porém, o traje secular, que deve acompanhar a moda e o uso dos tempos, sem exageros. O não uso do hábito religioso, na época, encontrou resistência, não por parte dos leigos, mas por parte de sacerdotes e religiosas.
 

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